sábado, 13 de julho de 2013

Natureza Morta

Primeiro tudo que me inspira:

Solitário 

Como um fantasma que se refugia

Na solidão da natureza morta,

Por trás dos ermos túmulos, um dia,

Eu fui refugiar-me à tua porta!


Fazia frio, e o frio que fazia

Não era esse que a carne nos conforta...

Cortava assim como em carniçaria

O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!

E eu saí, como quem tudo repele,

- Velho caixão a carregar destroços -




Levando apenas na tumbal carcaça

O pergaminho singular da pele

E o chocalho fatídico dos ossos!
Augusto dos Anjos



 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Teoricamente eu sou O melhor dos piores!

Confesso agora uma nova sensação. 
É certo que jamais imaginei que faria tal ato, mas averdade é que nada foi tão realizador, como o que eu acabei de fazer.
Impulsionado pela raiva, minhas mãos foram de encontro ao seu pescoço, apertando como se não houvesse fim. Senti sua respiração ofegante, o pulsar de suas veias. Mantive a pressão, como se o tempo tivesse parado. Seus movimentos de resistência aos pocuos foram ficando fracos, já não havia respiração e sua pulsação estava fraca.
Minhas mãos soltaram, e então pude ver as marcas. Seu corpo foi de encontro ao chão, mas ainda não estava morto.
Minha visão estava turva, meu coração acelerado e aos poucos meu corpo era entorpecido por uma sensação de prazer e medo, mas ainda não era o bastante.
Peguei então a faca que estava em sua mão. Foram apenas alguns segundos que pareceram horas. Aos poucos o seu sangue se espalhava, pitando o chão de vermelho. A cada corte, era um êxtase. Depois de toda euforia do momento, me dei conta de tudo a minha volta.
Novamente meu coração estava disparado, mas agora era apenas medo.
Peguei a faca novamente e corri como nunca imaginei. Havia um lago perto e agora a faca está la no fundo.
Fui em direção ao ponto de ônibus como se nada tivesse acontecido, mas apesar de meus esforços, eu ainda estava muito atordoado. As pessoas me olhavam torto, de certo pensando: "É mais um drogado". Era melhor que acreditasse nisso.
Ao chegar em casa, subi direto para o meu quarto. Minhas pernas tremiam, minha mente estava a mil. De certo que eu não dormiria por meios normais, como toda noite. Era preciso dormir, para poder voltar a pensar novamente. Então comecei o meu ritual para dormir: Algumas doses de bebidas (várias, todas misturadas) e depois de exatos 30 minutos, tranquilizantes e remédios anestésicos.
Minha mente aos poucos foi se desligando e agora eu não sentia mais as pernas. Acho que posso dizer: "Bons sonhos para mim". 



(Juliana Lopes)

Bons Pesadelos

Bons Pesadelos
Voltem sempre!