quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Soneto L X V

Se a morte predomina na bravura

                                                      Do bronze, pedra, terra e imenso mar,

                                                      Pode sobreviver a formosura,


Tendo da flor a força a devastar?


Como pode o aroma do verão


Deter o forte assédio destes dias,


Se portas de aço e duras rochas não


Podem vencer do Tempo a tirania?


Onde ocultar


- meditação atroz -


O ouro que o Tempo quer em sua arca?


Que mão pode deter seu pé veloz,


Ou que beleza o Tempo não demarca?


Nenhuma!


A menos que este meu amor


Em negra tinta guarde o seu fulgor.


William Shakespeare.

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Bons Pesadelos

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